quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

EDUCATIVO DO ARQUIVO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL

            Localizado no Centro Histórico de Porto Alegre, o Arquivo Público do Rio Grande do Sul é o responsável pela preservação e manutenção do acervo arquivístico do estado. Para tanto, são realizadas “atividades que vão desde a recuperação e encadernação de documentos; disponibilização de sala de microfilme de segurança; elaboração de instrumentos de pesquisa; organização e descrição de acervos; informatização; estudos históricos; além de atendimento ao cidadão e aos pesquisadores.” (Informações retiradas do site da APERS). O Arquivo está aberto ao público e recebe pesquisadores mediante agendamento.
         Quanto ao setor educativo, são realizadas visitas guiadas mediante agendamento. Para turmas escolares de ensino fundamental, o APERS aplica a Oficina de Educação Patrimonial "Os Tesouros da Família Arquivo", da qual pudemos participar durante nossa visita. O objetivo da oficina é despertar a curiosidade e interesse dos alunos para o patrimônio, a memória, a identidade e a cidadania através dos documentos arquivísticos da própria instituição. As turmas fazem o reconhecimento da instituição através de uma apresentação de Power Point e, após, são encaminhados para uma sala para uma apresentação de teatro de fantoches. As personagens precisam fazer uma pesquisa sobre seus ancestrais e fazem perguntas aos avós, que repassam seus conhecimentos, na intenção de valorizar os depoimentos e a história. 
          Após, os monitores dividem a turma em grupos de até quatro pessoas e inicia-se, então, a caça ao tesouro. Cada grupo recebe uma caixa contendo uma pista inicial que deve levar a uma das estantes dos três andares do Arquivo. Ao todo são cinco pistas que devem ser levadas de volta para a sala, a fim de serem compartilhadas com todo o grupo. Em nossa oficina buscamos as caixas sobre a Escravidão no Rio Grande do Sul, mas também há caixas sobre Gênero e sobre a Ditadura Militar. Dentro das caixas sobre o período da escravidão são tratados vários temas, como: cartas de alforria, compra e venda de escravos, testamentos, inventários e processos crime.
         Nosso grupo ficou com a caixa de alforria. Nela continham réplicas de documentos reais do APERS de cartas de alforria. São quatro personagens de diferentes idades, procedência, anos de trabalho escravo e formas de libertação. Cada personagem contém um desenho de sua personificação, pois, segundo os monitores, dar cara ao personagem o torna mais humano aos alunos.
           Sem dúvida esta atividade proposta pelo APERS aumenta o aprendizado e a curiosidade dos alunos, que descobrem o longo processo de pesquisa documental que está por trás dos livros didáticos utilizados nas escolas.

[Postagem para a disciplina de Educação em Museus referente ao encontro do dia 30/11/2017]

CONHECENDO A FUNDAÇÃO VERA CHAVES BARCELLOS

No centro de Viamão, a Fundação Vera Chaves Barcellos é uma entidade cultural, privada e sem fins lucrativos, criada no ano de 2005 com a missão de pesquisar, preservar e difundir principalmente as obras da artista Vera Chaves Barcellos, mas também de contribuir para divulgação de obras e exposições de outros artistas e curadores de arte contemporânea.


A Sala dos Pomares abriga as exposições regulares e gratuitas, e a equipe da Fundação realiza atividades paralelas que fomentam o debate sobre a arte contemporânea. Além disso, a FVCB conta com um prédio anexo de Reserva Técnica, com todos os cuidados necessários para a preservação de seu acervo. Com o aumento do acervo documental, foi necessária a criação do Centro de Documentação e Pesquisa, localizado em Porto Alegre, que está disponível para pesquisa pública de livros, catálogos e outros suportes sobre a arte contemporânea. Os prédios são envoltos por vasta área livre com muitas árvores frutíferas plantadas pelos próprio funcionários, além de instalações de artistas contemporâneos que têm profunda relação com a natureza e o meio.


A exposição que vimos, intitulada e de curadoria de Ío (Laura Cattani e Munir Klamt), “refere-se ao equilíbrio de duas partes de uma fórmula. A concisão do título tem dupla função: almeja a ideia de síntese, ao mesmo tempo em que busca justapor, em equilíbrio, partes que parecem inicialmente opostas em um sistema: o peso e a leveza; o acaso e a ação consciente; a paisagem e a propriocepção; a clareza e a indefinição.” (Informações retiradas do site da FVCB). As obras provém tanto do acervo da FVCB quanto de outros museus e coleções particulares, que com suas diversas materialidades compõem o significado da exposição.
A Fundação possui um Programa Educativo voltado para educadores, estudantes e público geral a fim de aproximá-los com a arte contemporânea. Para tanto, realiza visitas mediadas à Sala dos Pomares, propõe o Curso de Formação Continuada em Artes e produz materiais educativos que auxiliam as práticas pedagógicas. Estes recursos do educativo potencializam a experiência do visitante com as exposições, considerando que a arte contemporânea é, sobretudo, abstrata e sensível.


Site da Fundação Vera Chaves Barcellos: http://www.fvcb.com/

[Postagem para a disciplina de Educação em Museus referente ao encontro do dia 16/11/2017]